quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Ilusão

Mesmo que tempo sobre o ombro
te deixe intocada para o beijo
e tudo não passe de uma lenda
contada depois de tanta cena

e for quimera, como antigamente
se dizia do calor platônico
e o desencontro ceife como louco
a ilusão desperdiçada na colheita

e tudo for besteira como nos romances
que se liam escondidos entre espantos
e saibam que jamais o toque e o pânico

despertou o sangue verdadeiro
prefiro achar que mesmo assim o sonho
é maior quando há amor e não recreio

Nei Duclós
Mais um poema da série em homenagem à poesia abandonada de antigamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário